Em meio a uma polĂȘmica envolvendo o Departamento de Proteção Financeira ao Consumidor dos EUA (CFPB), duas importantes autoridades renunciaram aos seus cargos. Eric Halperin, Diretor de Fiscalização, e Lorelei Salas, Diretora de Supervisão, alegaram que a decisão do governo Trump de paralisar todas as atividades da agĂȘncia tornou suas posições insustentĂĄveis.
A Casa Branca, por sua vez, afirma que ambos foram colocados em licença administrativa.
"Como vocĂȘs sabem, fomos ordenados a interromper todo o trabalho. Eu não acredito que, nessas condições, consiga efetivamente exercer o meu papel, que Ă© o de proteger os consumidores norte-americanos." concluiu Halperin em comunicado.
A decisão de interromper as operações da CFPB gerou revolta entre funcionĂĄrios, sindicatos e parlamentares democratas. Muitos consideram a medida ilegal.
"A decisão de Vought de paralisar todos os trabalhos de supervisão Ă© ilegal." declarou Salas em e-mail interno.
A polĂȘmica se acirrou ainda mais quando a Casa Branca acusou Halperin de insubordinação, referindo-se a uma reportagem que afirmava que ele havia desobedecido a ordem de paralisação em relação a processos judiciais.
O secretĂĄrio do Tesouro, na Ă©poca diretor interino do CFPB, impediu que a agĂȘncia participasse de audiĂȘncias judiciais em 3 de fevereiro. Posteriormente, Halperin esclareceu que, seguindo novas diretrizes, trabalhos jurĂdicos poderiam continuar, exceto as presenças em tribunais.
O CFPB, criado após a crise financeira de 2008, tem como objetivo proteger os consumidores de prĂĄticas financeiras predatórias. A tentativa do governo Trump de desativar a agĂȘncia gerou protestos e ações judiciais por parte de sindicatos.
O presidente Donald Trump indicou Russel Vought, diretor do Gabinete de Gestão e Orçamento, como diretor interino do CFPB. Essa decisão, somada à paralisação das atividades, estĂĄ no centro do debate.
As renĂșncias de Halperin e Salas, e as declarações posteriores da Casa Branca, intensificam a crise no CFPB e geram questionamentos sobre a proteção dos consumidores financeiros nos Estados Unidos.
A situação permanece tensa, com a expectativa de mais desdobramentos legais e polĂticos.
*Reportagem produzida com auxĂlio de IA