O mercado financeiro demonstra crescente preocupação com a condução da política fiscal do governo Lula, com críticas severas em relação ao foco nas eleições de 2026 em detrimento de um ajuste fiscal necessário.
Analistas alertam que o plano fiscal atual, com previsão de superávit de apenas 0,2% ao ano, é insuficiente para reverter a trajetória da dívida pública, que já alcança cerca de 76% do PIB. A ausência de medidas concretas para o corte de gastos e a priorização de ações como a ampliação de crédito e a isenção de impostos têm gerado desconfiança no setor privado.
A política de tarifas implementada durante o governo Donald Trump nos EUA, também adicionou pressão sobre os mercados emergentes, afetando negativamente o Brasil. Até mesmo títulos de curto prazo, como o Tesouro IPCA 2026, viram suas taxas dispararem, chegando a 9,51%.
O CEO da Cx3 Investimentos, Julio Ortiz, avalia que o crescimento econômico atual, impulsionado pelo consumo e sem ganhos de produtividade, não indica uma retomada sólida. Ortiz destaca que o governo parece priorizar as eleições de 2026 em vez da recuperação fiscal.
"Até 2027, não vai ter mudança importante nenhuma." disse Ortiz.
A falta de um ajuste fiscal prioritário eleva o custo da dívida e compromete o espaço fiscal para investimentos futuros. Analistas reforçam que, sem uma sinalização firme de mudança, a tendência é de deterioração contínua da confiança e de um ambiente menos favorável para o setor privado.
"O Brasil está crescendo em torno de 2% a 3%, mas da pior maneira possível, que é via consumo, sem aumentar o investimento e o ganho de produtividade." concluiu Ortiz.
O cenário econômico atual exige atenção e medidas urgentes para garantir a estabilidade e o crescimento sustentável do país. A postura do governo Lula tem sido alvo de críticas, especialmente no que tange ao equilíbrio entre as demandas políticas e as necessidades econômicas.
O mercado aguarda ansiosamente por ações que demonstrem um compromisso real com a responsabilidade fiscal e a criação de um ambiente de negócios favorável, capaz de impulsionar o investimento e a produtividade. A situação atual, com o governo priorizando o consumo em vez do investimento, preocupa aqueles que defendem uma economia mais forte e sustentável.
*Reportagem produzida com auxílio de IA